segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Gerência de Produtos


Hoje vou compartilhar sobre uma aula que tive recentemente e que fala um pouco de Gerência de Produto e sobre a origem de um produto que todo nós, com certeza, consumimos bastante.

O que é gerência de Produtos?
A Gerência de Produtos começou na década de 40. O auge dessa profissão foi em 1980.  Então qual é a sua importância agora em 2010? Porque ela é a  base da empresa.
Exemplo: O leite condensado.
A época da guerra nos EUA, o leite consumido pelos combatentes era levado pelos animais, o que era um problema, pois o leite estragava. O calor aumentava a perecibilidade do leite e, era preciso encontrar uma maneira de levar o leite do quartel até o front de batalha sem que ele estragasse.
A solução foi alterar o ph do produto, assim ele se conservaria por mais tempo. Os benefícios foram:
·         Maior tempo de conservação
·         O leite tornou-se mais energético, e
·         O custo permaneceu baixo

Estava, assim, inventado o leite condensado.
O leite em pó e o leite condensado era consumido apenas elos militares e, só depois passou a ser comercializado.
Quando chegou ao Brasil o leite condensado era vendido nas drogarias com o nome de milkmaid, mas as pessoas tinham dificuldade para pronunciar o nome e, passaram a chamar o produto de o “leite da moça”, referindo-se à joven com trajes típicos de uma camponesa suíça no rótulo da embalagem
Nas latas atuais do Leite Moça, percebe-se que agora a “moça” é casada, pois a mesma usa uma aliança na mão esquerda, passando uma imagem de respeito.

Interessante né?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Case Havaianas


Havaiana Antes
Benefício Central: Um produto natural, 100% nacional e garantiam calçados duráveis, confortáveis e muito barato.
Produto Básico: Eram as tradicionais branquinhas com listras azuis; de visual simples e barato.
Ampliado: Em menos de um ano, a São Paulo Alpargatas fabricava mais de mil pares por dia, levando ao aparecimento de imitações pela concorrência a qual não contava com a qualidade das “legítimas”, “as únicas que não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras”. Durante trinta anos, o consumidor das sandálias havaianas, vendidas com mais freqüência em mercados de bairros, restringia-se a uma classe menos favorecida, sendo conhecida como chinelo de pobre.

FASES DO CICLO DE VIDA
Fase de Introdução:
Em 14 de junho de 1962 foi criada as sandálias Havaiana que foram inspiradas nas sandálias de dedo japonesa, mas versão nacional era diferente pois era feita de borracha,um produto natural e nacional, que garantia durabilidade e conforto.
Fase de Crescimento:
O sucesso das sandálias foi uma ótima ideia que se espalhou rapidamente. Alpargatas fabricava mais de mil pares por dia, o que levou ao aparecimento das imitações. A concorrência tentou imitá-las, mas as únicas que não deformavam, não têm cheiro e não soltavam as tiras. Aproximadamente durante trinta anos, as sandálias eram vendidas com mais freqüência em mercados de bairros que se restringiam a uma classe menos favorecida, conhecidamente “Havaianas é chinelo de pobre”.
Até 1993, havia apenas um modelo de sandália – aquele de duas cores que era protagonizado pelo humorista Chico Anysio –, cujas vendas haviam estacionado em 76 milhões de pares.








Havaiana original e a imitação



Pós Modernismo da Havaiana
Fase de Maturidade:
As vendas foram estacionando e para um novo posicionamento para alavancar as vendas e mudar sua imagem foi lançado 1994, de uma nova versão: as monocromáticas Havaianas Top, com cores fortes e ligeiramente mais altas no calcanhar. O posicionamento no mercado mudou: produto ficou mais caro.
Nas campanhas publicitárias protagonizadas por artistas e celebridades, transformou-se em objeto de desejo. Em seguida, a distribuição também passou a ser focada em nichos de mercado. Cada ponto de venda recebia um modelo diferente, de acordo com seu público-alvo. Outra mudança foi na exposição do produto no ponto de venda. Ao invés de grandes cestas com os pares misturados, criou-se um display para valorizar o produto e facilitar a escolha e, claro, impulsionar as vendas. Continuando a segmentação de mercado, surgiram novas versões: Havaianas Brasil, lançadas durante a copa do mundo de 1998; a Surf; a Fashion; a Kids; a Clubes; a Floral; a Alamoana; a Baby; a Milênio entre outros modelos, além da havaiana Socks, uma meia que se adapta ao contorno do dedão do pé, permitindo que ele se encaixe na sandália ( primeiro passo da empresa para a expansão da marca). As novas opções caíram no gosto do povo. E de repente, andar de Havaianas por aí não parecia mais coisa de pobre, mas algo da moda. E assim as Havaianas se tornaram objeto de desejo dos brasileiros.
Posicionamento estratégico:
Produto é totalmente brasileiro e colorido. Foi preciso reorganizar a rede de distribuição no mundo todo. Em 2001 chegaram ao mercado francês os tradicionais chinelos de borracha desfilaram nos pés de todas as modelos na passarela.
Com uma estratégia de marketing inovadora, as Havaianas passaram a calçar os pés das celebridades em suas propagandas, mudando a percepção do produto de algo popular para acessório da moda. Estrelas como Malu Mader, Naomi Campbell, Selton Mello… aparecem regularmente endossando o novo posicionamento da marca: “Todo mundo usa”. Essa estratégia integrada público-alvo + produto + marca + comunicação.  
Outra estratégia foi que a empresa desenvolveu um modelo sofisticado, decorado com os cristais Swarovski e guardado em caixas especiais com o nome dos atores.







ATUALMENTE

Os chinelos podem ser encontrados tanto em bancas de camelôs, quanto na paulistana Daslu, a butique mais sofisticada do país. A diferença está, basicamente, nos pés de quem vai calçá-los.
 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Comportamento do consumidor


Qual é a importância do estudo do comportamento do consumidor no contexto da administração de marketing?
 
Estudar o comportamento do consumidor é um dos principais pontos que uma empresa precisa fazer para conhecer os seus clientes e ter sucesso.
O estudo do comportamento do consumidor em administração em marketing leva-nos a analisar o que os consumidores compram, porque compram, quando compram, onde compram, com que frequência o compram e com que frequência o usam.
Estudando essa matéria iremos compreender a vida dos clientes, seu cotidiano e a maneira como encaram os produtos e serviços de uma empresa.
O comportamento do consumidor não é um campo novo, e através da sua expansão de ideias e conceitos, recebe influências de várias outras matérias, como Economia, Antropologia, Psicologia e outras.
O propósito do Marketing em estudar o comportamento do consumidor é atender e satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores, estudar como indivíduo, grupo e organizações selecionam, compram, usam bens, serviços, ideias ou experiência para satisfazer as suas necessidades e desejos. Nunca foi simples entender o comportamento e conhecer os consumidores. Eles podem declarar suas necessidades e desejos, mas agem de outra maneira.
Os consumidores variam em idade, renda, educação, gostos e outras variáveis e estes fatores fazem os administradores em marketing compreender o comportamento dos consumidores, buscando agrupá-los em segmentos de consumo. E as características incluem entre quatro fatores como: culturais, sociais, pessoais e psicológicos.

Abordagens modernistas e pós-modernistas sobre o estudo do comportamento do consumidor.
Era modernista:
A era modernismo ou positivismo pretendia saber a forma como o consumidor recebia, armazenava e utilizava a informação sobre o consumo. Assim podia conhecer as suas formas de consumo e influir sobre elas. Para o positivismo os indivíduos são racionais e tomam as decisões depois de ponderar as alternativas.
Os profissionais procuravam entender e prever o comportamento, descobrindo relações de causa-efeito. Procurando generalizar os resultados e conclusões.
Era Pós-Modernista:
Os profissionais de marketing procuram entender o comportamento sem influenciá-lo. Interpreta o consumo (ato/ experiência) como algo único. Pretende entender o significado da propriedade e consumo de algo para a vida. O consumidor se comporta no mercado (ação) e as empresas podem visualizá-lo.
No entanto, suas reais intenções, motivações e atitudes, na maioria das vezes, permanecem ocultas, como iceberg.
IcebergParte Visível: ação e comportamento
Parte Invisível: motivos/ necessidades, crenças, percepção, preconceitos, estado de espírito, situação, etc....
O Iceberg é um bloco de gelo onde apenas 10% do grande bloco de gelo estão visíveis acima da superfície. Traduzindo esta parte para o consumidor diário, ele apenas mostra o seu lado no que diz respeito à ação, o ato da compra em si. Mas os motivos que existem mesmo são através de suas opiniões pessoais e culturais.

O pós-modernismo na pesquisa de comportamento do consumidor surge seguindo essa série de “antis”. De forma mais específica, o pós-modernismo surge como crítica ao modernismo e seu principal representante: o paradigma positivista/empirista lógico.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Critica é Possível




O que é Crítica?
O termo crítica provém do grego crinein, que significa separar, julgar. É um ato do espírito que preserva o que merece ser afirmado e põe em dúvida a pretensão daquilo que vai além de seu domínio de aplicação e, portanto, não merece ser afirmado.


Formas de Críticas
Senso Crítico:
Senso Crítico é a busca da verdade pelo questionamento do “eu” do “outro” e do “mundo”. 
Espírito crítico é a atitude amadurecida do homem que busca com seriedade a verdade, suprema virtude da mente.
O espírito crítico pondera razões, confronta motivos, busca o desvelamento da verdade, que tranqüiliza as exigências da razão, dissipa as trevas da ignorância e promove o progresso da mente.
Senso crítico é a capacidade que um indivíduo tem de criar sua própria opinião, independente do senso comum.
O senso crítico exige atitude de estudo, para que exerça sobre e a partir de uma realidade e de um conhecimento efetivamente existente. Para esta compreensão, a ciência resulta da reflexão, e a reflexão será livre e criativa. A crítica que nasce do conhecimento e da reflexão será uma crítica produtiva, que pensa a saída, que gera o projeto, que busca as soluções. Não se quer gerar comportamentos estereotipados de críticas, de oposição por mera oposição.

Espírito de crítica é o espírito de contradição.
O espírito de crítica é o indício de uma desorganização mental, de uma superficialidade irresponsável que conduz ao ceticismo, à inanição; nasce do nada e não conduz a coisa alguma, ou nasce da inquietação pessoal e conduz à inquietação de muitos.

Senso Comum:
O senso comum nos permite sentir uma realidade menos detalhada, menos profunda e imediata e vai do hábito de realizar um comportamento até a tradição.
No senso comum não há análise profunda e sim uma espontaneidade de ações relativa aos limites do conhecimento do indivíduo que vão passando por gerações, o senso comum é o que as pessoas comuns usam no seu cotidiano, o que é natural e fácil de entender, o que elas pensam que sejam verdades, e que lhe traga resultados práticos herdados pelos costumes.

O conhecimento do senso comum possui, habitualmente, as seguin­tes características gerais:
·    imprecisão: conceitos vagos, sem rigor, que não definem claramente seu conteúdo e seu alcance;
·    incoerência: associação, num  mesmo raciocínio, de conceitos con­traditórios, que se anulam em termos lógicos;
·    fragmentação: conceitos soltos, que não abrangem, de modo am­plo e sistemático, o objeto estudado.

Existe um caminho certo para desenvolvimento da crítica
 
Em nossa opinião o caminho certo é a busca da neutralidade. Isto significa que não se pode mais criticar aquilo que considera injusto ou fora de propósito, sob o “achismo”. Entretanto, saber criticar é uma dádiva para poucos. Uma boa crítica ou crítica construtiva, se é que podemos chamá-la dessa maneira, requer postura ética e alguns cuidados mínimos que apenas as pessoas bem intencionadas são capazes de adotar.


Não é fácil ser crítico, pois muitas vezes em nosso dia a dia, a rotina acaba nos levando facilmente sem percebemos pelos fatos da vida.  E quando paramos para pensar sobre cada detalhe de nossa vida, percebemos que se tivesse parado para pensar sobre o pensar teria tomado outro rumo de caminho, de decisão, talvez até mesmo outra vida.
Bom não é fácil falarmos sobre certo tipo de assunto, e um deles é esse – senso crítico ou senso comum.


Bibliografia
·          GREGÓRIO, Sérgio Biagi, O Senso Crítico, publicado em 2006.
·        MORETZSOHN, Sylvia. “A quem interessa o senso crítico?”, Jornal Virtual Observatório da Imprensa, Ed. 244, Unicamp, Campinas, 30/09/2003